A necessidade de se gerenciar incertezas
A dinâmica competitiva de muitas empresas está mudando rapidamente, com grande parte dos segmentos sendo remodelados por inúmeras forças disruptivas na forma de novas tecnologias digitais, diferentes meios de comunicação, aceleração das mudanças comportamentais do público consumidor, incremento de desregulamentações, novos modelos de negócios, ameaças de novos participantes competitivos, introdução de novos insumos e materiais, entre outros.
Um ambiente competitivo dinâmico representa um desafio assustador para executivos e equipes de planejamento uma vez que eles carregam a responsabilidade pelo desenvolvimento e implantação das estratégias das empresas, especialmente em termos de direções futuras a serem seguidas, escopos de atuação, planos operacionais, cronogramas e orçamentos necessários para cumprir os objetivos corporativos. Com o mercado inundado por rápidas e inesperadas mudanças, além de incertezas políticas, sociais e econômicas, para a manutenção da sobrevivência, há de gerenciar negócios visando a diferenciação, entrega de valor e manutenção da rentabilidade.
Neste sentido, empresas devem possuir em seus quadros executivos com perfis adaptados e aptos ao ambiente empresarial atual, ou seja, o caos competitivo. Análises de cenários inconstantes, tomadas de decisões efetivas e prontos reposicionamentos são ferramentas que podem garantir a rentabilidade dos negócios. Para que tudo isso aconteça, a busca de recursos humanos que potencializem todas forças das empresas se faz primordial.
O novo contexto da empregabilidade e a urgência por processos efetivos de qualificação
O ritmo e a escala das ruptura tecnológicas – com seus riscos de desemprego e crescente desigualdade de renda – se configuram como além de potenciais desafios sociais e políticos, uma complexa questão corporativa.
No entanto, os empregadores estão em melhor posição para estar na vanguarda das mudanças e causarem impactos positivos nas sociedades – por exemplo, atualizando as capacidades de seus funcionários e equipando-os com novas habilidades. E os próprios empregadores terão o maior benefício se conseguirem transformar a força de trabalho dessa forma. Muitas empresas líderes estão percebendo que não podem contratar todas as novas habilidades de que precisam. A melhor solução é olhar internamente e desenvolver o talento que eles já possuem, já que essa abordagem geralmente é não apenas mais rápida e financeiramente mais prudente, mas também boa para o moral e a atratividade de longo prazo da empresa para executivos com potencial.
A urgência pela Qualificação
Em períodos de mercados voláteis, incertos e complexos como os que vivemos atualmente, um maior desenvolvimento das empresas, provavelmente, ocorrerá à medida que mais funcionários embarcarem diretamente em jornadas diversificadas de aprendizado, com ferramentas e conteúdos essenciais para o posicionamento de produtos e serviços, além da formação de vantagens competitivas e entregas de valor.
De maneira cartesiana, as empresas precisarão medir o retorno dos investimentos realizados na qualificação do seu quadro de funcionários – por exemplo, avaliando o quão bem-sucedidas elas foram em dar novas habilidades a seus funcionários, comparando os custos desses esforços com o total dispendido em eventuais contratações. Tais despesas devem ainda incluir o custo de oportunidade no que tange ao tempo de espera para o recrutamento em um mercado altamente competitivo.
O foco e a energia da liderança são essenciais para o estabelecimento de políticas de qualificação, fomentando novas e necessárias habilidades. Depois de redesenhar processos e avaliar necessidades de cargos e pessoas, as empresas devem voltar-se para suas funções de aprendizado e desenvolvimento.
Equipes internas, fornecedores de metodologias de ensino corporativo e de tecnologia podem auxiliar na criação de jornadas de aprendizagem específicas para funções determinadas. Práticas ligadas a pesquisas de mercado, Relacionamento e Fidelização de clientes, automação de processos, gestão de projetos, planejamento estratégico, introdução de operações ágeis e enxutas, controle de qualidade por indicadores de satisfação e performance, análises de banco de dados, liderança e tomada de decisões, entre outras, fazem parte do ferramental necessário para o futuro do trabalho.
Para mostrar a conexão entre as iniciativas de capacitação e o desenvolvimento nos negócios, líderes devem pontuar de maneira frequente sobre os resultados obtidos pelos processos de qualificação e transformação. De maneira geral, programas de treinamento não podem ser encarados como esforços pontuais. Deve-se conscientizar a todos que o aprendizado e a requalificação recorrente, muitas vezes, garantem em um primeiro momento, resultados intangíveis, mas que ao longo da vida corporativa serão incorporados e garantirão um novo posicionamento estratégico diante de um mercado tão caótico e competitivo.