Práticas e liderança para tempos incertos

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O momento vivido atualmente, não possui paralelo a algum outro da história recente. O mundo globalizado está envolvido, há aproximadamente seis meses, em uma pandemia que desafia a ciência, ceifa milhares de vidas humanas, provoca inúmeras perdas além de trazer à tona, em termos econômicos e sociais, uma total e completa incerteza universal. Os negócios são interrompidos, as mudanças tecnológicas se aceleram, as tensões políticas se multiplicam, o desemprego impera e as desigualdades sociais nunca se demonstraram tão claras a miopia existente em muitos.

Em termos de administração e negócios, o momento clama por um novo entendimento do comportamento de consumo e do mercado, reinvenções e readequações de formatos, produtos e serviços, reorganização de processos internos, reestruturação financeira, agilidade operacional, relacionamento eficaz, resiliência, foco e muita gestão. Neste sentido, cabe a pergunta: – O que um líder deveria fazer para se manter competitivo em um cenário tão complexo? 

Grande parte do tratamento da incerteza depende da capacidade de um líder de abraçar o aprendizado e compartilhar conhecimentos, agir e assumir riscos, ser curioso e aberto ao novo. Aceitar a incerteza se torna um dos primeiros indicadores de um processo de liderança eficaz. A ambiguidade é inerente à liderança, e cada vez mais, a capacidade de lidar com a incerteza é mais central e presente em momentos de crise.

Em tempos incertos, algumas práticas podem ser adotadas visando a manutenção da performance operacional e resultados diferenciados:

  • Valorizar o aprendizado e compartilhar o conhecimento. 

Além de todo o conhecimento uma vez já adquirido em cursos acadêmicos ou através de experiências de vida, uma coisa é certa, para que haja adaptação, haverá sempre a necessidade de ampliação de práticas e metodologias, bem como do compartilhamento com a equipe. Talvez seja necessário a utilização de novos modelos de negócios, de tecnologias disruptivas, de operações menos custosas ou até da utilização de novos talentos nas equipes. As empresas devem agir com rapidez e necessitam atuar mais livremente através de novos processos e experimentos. No lançamento de um novo produto, deve-se encarar eventuais falhas como aprendizado e agir com correções tão rápido quanto o próprio lançamento em si, registrando e compartilhando dados com os envolvidos.

  • Competência vem de fazer e não apenas pensar em fazer.

Competência é um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e comportamentos que permitem ao indivíduo desempenhar com eficácia determinadas tarefas. Uma pessoa pode ter sido competente ao ser designada a fazer uma determinada tarefa, mas isso não significa que ela seja sempre competente, ou seja, esta mesma pessoa pode ser designada a fazer uma outra tarefa e não obter o mesmo nível de satisfação. 

A competência cresce através do esforço, das tentativas e erros, da experiência e do aprendizado contínuo. Quando se navega em um futuro incerto, a competência é uma característica extremamente necessária para a sobrevivência. Explorar e entender completamente pontos fortes para utilizá-los quando mais precisar deles pode ser um diferencial competitivo muito importante. 

  • Tomar decisões e assumir riscos.

Agir pode ser um antídoto para a incerteza. Os melhores líderes avaliam ganhos e riscos, investem em algumas áreas e cortam outras. Mesmo fazendo uma análise cuidadosa, eles também são rápidos em tomar decisões e mobilizar suas equipes. É melhor arriscar-se a fazer algo produtivo do que não se fazer nada ou ainda ficar preso em abordagens que não funcionam mais.

  • Curiosidade e Inovação. 

Por sua própria definição, incerteza significa uma situação em que algo não é conhecido. Deve-se estar atentamente aberto para o novo. Seguem inúmeras perguntas como: – O que você ainda não sabe?  O que precisa ser feito? O que está funcionando? Como o mercado está agindo? Onde atuar? Quando e o que precisa mudar? Como operar? Quem pode ajudar? Quanto custa mudar ou não mudar?

Este é o momento de se tentar novas maneiras de se pensar. A curiosidade é o combustível para as mudanças. Os seres humanos são muito criativos e, às vezes, períodos de incerteza favorecem para se descobrir o que há de novo e o que vem a seguir.

Neste período de incertezas épicas, a pergunta que fica é a de que como um gestor convive com o fator liderança. Adotar metodologias que garantam a busca e compartilhamento contínuo de conhecimento, além do maior relacionamento com clientes, fornecedores e equipes internas, bem como a agilidade na avaliação de riscos e tomada de decisões, e a abertura para a inovação são fatores essenciais para a adaptação no mercado e para a  manutenção da competitividade. 

Celso Campello Neto

Professor universitário e CEO da
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